terça-feira, 30 de outubro de 2007

Opinião de Lazlo: Mães também são vítimas do aborto


Mães que matam seus recém nascidos e mães que abortam, são perante a justiça, igualmente criminosas. Mas, diante da sociedade, a indignação é maior, por exemplo, às mães que, a sangue frio, jogaram seus filhos na Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte. Quando a gravidez é indesejada, opta-se mais freqüentemente por matar o filho antes do nascimento já que o afeto entre mãe e feto é menor que os vínculos criados entre mãe e bebê. Quando uma mãe resolve abortar, além do feto, ela também é vítima deste ato de auto-agressão.


Os 'abortistas' alegam que a principal necessidade de não punir o aborto é o número de mulheres levadas à urgência de ginecologia com problemas decorrentes dos abortos clandestinos feitos em clínicas ilegais, por pessoal incompetente e sem condições sanitárias.


Antes de tomar a decisão, estudam-se as conseqüências da legalização do aborto em outros países. Por exemplo, na Índia, o aborto já é legal há 25 anos e evidenciou-se que depois da legalização, o aborto clandestino não diminui de forma significativa apontando ainda uma estatística frustrante: para cada aborto legal, fazem-se dez clandestinos, o que provoca muitas mortes na operação ou no pós-operatório.


Não só o aborto clandestino oferece grandes riscos à mulher. Descobriu-se recentemente que uma mulher aborta hoje e morre daqui a dez anos com um cancro da mama que nunca teria. Só nos Estados Unidos morrem 10 mil mulheres por ano por causa de problemas na saúde, na seqüência de hemorragias e infecções, ou numa gravidez pós-aborto não assistida, outras ainda ficam estéreis ou inférteis. Essas mulheres morrem também por transtornos psicológicos: suicidam no dia em que o seu filho abortado deveria nascer, e todas as que sobrevivem carregam amargamente um drama que se abate sobre marido, pais, família e amigos.

Deve-se classificar o aborto como pernicioso aos direitos humanos, não só do feto, mas das gestantes que não tem ciência do que fazem consigo. Se para a saúde física o aborto é pavoroso, do ponto de vista psicológico o aborto é um completo desastre.

Um comentário:

Stanley disse...

Lazlo, ótimo texto! Você abordou um assunto não tratado nas análises anteriores, a questão psicológica, possibilitando assim, a ampliação do nosso conhecimento sobre o tema. O aborto vai além de riscos físicos, antigindo o psicológico dos indivíduos que o ousam fazê-lo. Como já afirmado em outros textos, inclusive no meu, a grande problemática que envolve o aborto são os diferentes pontos de vista, defendidos pelas mais diversas facções sociais: religiões, ciência, justiça, entre outros.